Os projetos de extensão Núcleo de Estudos em Cultura Cervejeira (Necerva) e Núcleo de Estudos em Panificação e Empreendedorismo (Nepane), do Departamento de Alimentos (Deali) da UFOP, promoveram no último sábado (29) uma oficina de harmonização de cervejas artesanais. A atividade contou com a parceria da Cervejaria Ouropretana e reuniu docentes, estudantes e membros da comunidade para discutir a relação entre diferentes estilos de cerveja e produtos de panificação.
A oficina apresentou combinações entre rótulos artesanais e preparações produzidas pelos estudantes, como grissini, pão de malte, pizza de ora-pro-nóbis e brownie. O professor Aureliano Claret da Cunha, coordenador do Necerva, explica que essa proposta surgiu da vontade de aproximar os núcleos e mostrar novas possibilidades de harmonização. "O nosso intuito era mostrar que cerveja e produtos de panificação combinam muito bem. E, com as várias nuances dos produtos de panificação, a gente consegue fazer essa harmonização com os estilos de cerveja que a gente tem", afirma.
Para viabilizar a oficina, a equipe buscou apoio da Cervejaria Ouropretana, que forneceu gratuitamente os rótulos utilizados. A parceria inclui ainda visitas técnicas e a oferta de estágios para estudantes do curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos. "É um projeto muito bem visto por nós. Algo que sempre colocamos em tese é crescer juntos, então no que o Necerva precisar estaremos aqui para apoiar", destaca João Victor Alves, representante da empresa.
A atividade também contou com a participação ativa do Nepane, que foi responsável pelo desenvolvimento e produção dos itens servidos. A coordenadora do núcleo, professora Silvia Mendonça, observa que o processo envolve pesquisa, testes e estudos de produtos. "Os alunos se envolvem muito, porque eles têm que se preparar com conhecimento técnico e pesquisar a história dos produtos. Então tudo isso agrega repertório para eles, é muito positivo", explica.
Segundo os organizadores, a oficina exigiu cerca de dois meses de planejamento e consolidou uma parceria inédita entre os dois núcleos. O resultado positivo abriu caminho para novas ações conjuntas. "Foi um sucesso, então a chance da gente repetir essa experiência vai ser grande. Isso nos aguça a pensar em outros produtos, em outras harmonizações que possam acontecer com a gama de cerveja que a gente tem disponível para poder trabalhar", afirma Aureliano.
Os coordenadores ressaltam ainda que iniciativas como essa contribuem para aproximar a comunidade e ampliar o envolvimento dos estudantes com projetos de extensão. "Os alunos acabam se vinculando de uma forma mais perene à graduação. Nós não limitamos o período do curso que o aluno pode entrar no núcleo, então tem uma troca de experiência pessoal, profissional e acadêmica que é muito importante acontecer. E essa integração é muito importante. Infelizmente temos uma evasão muito grande no curso e essa é uma forma de conseguir fixar os nossos estudantes. Alunos que entram nos núcleos de estudo não saem do curso", completa o professor.