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Artigo de professoras publicado na Nature-Scientific Data apresenta banco de imagens para estudo do câncer

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O trabalho intitulado "CRIC Searchable Image Database as a public platform for conventional pap smear cytology data" conta com plataforma e base de dados desenvolvidas por docentes e estudantes da graduação e pós-graduação em Ciência da Computação (Decom) e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Biotec), ambos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O projeto tem o objetivo de estudar o câncer reproduzível e disponibiliza imagens reais de células cérvico-vaginais em alta resolução na plataforma "CRIC Searchable Image Database". 
 
Os resultados do estudo trazem contribuições para a área da saúde da mulher. A partir das fotos, é possível detectar lesões nas células, em diferentes níveis e de forma detalhada, o que melhora a precisão do exame Papanicolau.
 
Uma das pesquisadoras do projeto e professora do Decom, Andrea Bianchi, explica como funciona a plataforma CRIC. "Os algoritmos de inteligência artificial utilizam dados das células do esfregaço. Eles extraem automaticamente as informações das imagens e as usam para construir modelos para detecção de lesões uterinas. Logo, ter um banco de dados com grande diversidade e qualidade das imagens e das lesões é extremamente importante para a criação de modelos mais representativos e confiáveis", comenta. Na plataforma está disponível a coleção CRIC Cervix, a maior de todas até agora, composta por 400 imagens e 11.534 células identificadas e classificadas manualmente por especialistas. 
 
A professora da Escola de Farmácia (Efar) da UFOP Cláudia Carneiro, que também faz parte do projeto, comenta a importância do trabalho para a comunidade científica: "As informações vão contribuir significativamente para o desenvolvimento de metodologias e/ou produtos automatizados na área de citologia. Devemos destacar que não existe base de dados similar à que disponibilizamos, o que potencializa o papel inovador desta publicação". Em relação à classificação das células, segundo ela, a expectativa é de que as imagens reais proporcionem descobertas inéditas, que influenciem na diferenciação das lesões, além de possibilitar a diminuição de falsos negativos e aumentar a qualidade dos resultados. 
 
MULHERES NA CIÊNCIA - "Ter uma equipe liderada por mulheres atuando na área de tecnologia aplicada à saúde promove a igualdade e favorece a diversidade no meio científico. Aumentamos a visibilidade das mulheres e suas descobertas, criamos exemplos e despertamos o interesse das novas gerações em seguir uma carreira científica", comenta Cláudia sobre a importância da representatividade feminina na ciência.
 
Cláudia acrescenta que a integração e o apoio proporcionados pela UFOP foram essenciais no desenvolvimento do projeto. "A UFOP promoveu a multidisciplinaridade entre as equipes da computação e da citopatologia. As equipes trabalharam juntas e de forma integrada para o sucesso da plataforma e da coleção. Os alunos de Computação aprenderam sobre biologia celular e os alunos de Farmácia aprenderam linguagem de programação. Assim como CNPq e Capes, a UFOP também foi responsável pelo financiamento de bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado", relata.
 
Além das professoras da UFOP, o projeto é liderado por mais duas mulheres: a pesquisadora Daniela Ushizima, filiada ao Lawrence Berkeley National Laboratory (LBL) e à Universidade da Califórnia – Berkeley (UC-Berkeley), e a professora Fátima de Medeiros, do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará (Deti-UFC).
 
Confira mais informações no site do projeto. A publicação, com o artigo completo, está disponível no link

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