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Cortejo em prol da valorização de agricultores movimenta Encontro da Agricultura Familiar

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"Nós estamos aqui para mostrar a vocês que a nossa terra produz alimento! De boa qualidade, limpos, sem veneno ou agrotóxico, não transgênicos, plantados com muito amor para alimentar nosso povo, alma e coração. Nossa terra não possui só minério, ela também é fértil, também produz comida". Essa declaração foi feita pela integrante do Núcleo de Estudos em Agricologia e Produção Orgânica da Região dos Inconfidentes, Luana Freitas, durante o cortejo da Agricultura Familiar, parte da programação do 2º Encontro da Agricultura Familiar, que ocorreu nesta quarta-feira (17) em Mariana. 
 
Ao som de batuques, empunharam cartazes com dizeres como "Agroecologia já" e "Diga não à PL do veneno" (em referência ao projeto de lei federal que visa modificar a legislação sobre o uso agrotóxicos). Agricultores, professores e estudantes da UFOP e da Escola Família Agrícola Paulo Freire, localizada em Acaiaca, saíram do Centro de Convenções, passando pelo Centro Histórico, e se dividiram rumo aos dois campi da Universidade em  Mariana. Pelo caminho, os participantes cantaram músicas populares e fizeram rimas sobre a importância dos agricultores, da agricultura familiar e contra a PL 6299/2002. Nas ruas, ecoaram dizeres como "comida de verdade, no campo e na cidade"; "se o campo planta, a cidade janta" e "você na janela, tem veneno na panela, você na calçada, tem veneno na salada". Além de dar visibilidade à importância e às demandas da agricultura familiar, o ato foi um espaço de manifestação em prol da democracia e liberdade de expressão.
 
Para o representante da Associação dos Agricultores Familiares de Piedade e Região, Ricardo César da Silva, o ato é uma forma de valorizar a classe dos agricultores. "A agricultura familiar é para todos. Muitas vezes os alimentos chegam às mesas e as pessoas se esquecem que isso foi possível graças ao trabalho dos agricultores. Neste sentido, o cortejo é muito importante para a nossa visibilidade e para a valorização de nosso trabalho". Ele acrescenta que, além da geração de renda e da valorização da cultura, a agricultura familiar tem a missão de fortalecer pessoas e empoderar famílias, ultrapassando a questão da sobrevivência e alcançando um importante papel no desenvolvimento, reconhecimento e atuação dos sujeitos no mundo.  
 
O encerramento do ato ocorreu nos restaurantes universitários do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), onde os participantes do ato almoçaram. Desde 2016, a Universidade adquire produtos agrícolas de agricultores familiares da região de Mariana e Ouro Preto para abastecer os restaurantes universitários. A Associação dos Agricultores Familiares e Moradores de Goiabeiras e Região é uma dessas fornecedoras. Para o presidente da Associação, Tofir José Esperidião, além da geração de renda, "é muito gratificante contribuir para que as pessoas se alimentem de produtos saudáveis e sem agrotóxicos". Tofir ressaltou também a participação da Universidade na comunidade, levando oficinas de capacitação e ações como o Programa de Extensão "Agricultura Familiar na UFOP".

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