
Criado por Gabriel Campbell em seg, 18/07/2016 - 16:24 | Editado por Gabriel Campbell há 9 anos.
As pessoas estão na fila ansiosas para entrar na sala 35. Velas estão acesas por todo o caminho até a porta. De repente, gritos de desespero começam a ecoar: "me espera!", "me espera!", "me espera!". Todos ficam apreensivos, e uma música melódica e triste começa a tocar. Uma noiva com uma vela sai correndo pelo meio das pessoas pedindo para que o amado a espere.
O tema principal é a espera pelo amor, e a fuga da desilusão. A partir das palavras “cuspidas” pela personagem, tem-se a identificação do abandono que ela vive. A história se baseia em uma noiva que não pôde se casar com seu amado, por isso sofre, bebe, fuma, quebra e despedaça o buquê.
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Tudo está escuro. Uma cadeira, um aparador com fotos de casamento e um vinho compõem o cenário. Choros e mais choros são ouvidos no fundo. Seus dedos e punhos estão sujos de preto, parece ser fuligem. O véu é preto.
O texto interpretado pelo estudante de artes cênicas da UFOP Daniel Magalhães fala sempre de como seria perfeita a vida de casal idealizada pela personagem. "Quero agradecer a oportunidade do Festival. A cena nasceu no Departamento de Artes Cênicas da Universidade. Esse ato é resistência. Todas as peças que estão acontecendo são um ato de resistência. Estamos resistindo", agradece Pedro.
O espetáculo comoveu o estudante João Paulo. "Dá uma sensibilidade muito grande que mexe com interior da gente. Acaba levando pra vida da gente. Essa procura constante por alguém pelo medo da solidão", comenta.



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