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Projeto "Arte e Serviço Social" une pesquisa, ensino e extensão na UFOP

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Arquivo pessoal
Cinco exemplares encadernados do “Caderno de Formação: Arte e Serviço Social” estão dispostos em leque sobre uma mesa clara. As capas trazem título em vermelho e uma faixa inferior com colagem de imagens artísticas e culturais.
Vinculado ao curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e financiado pela Fapemig, o projeto "Arte e Serviço Social", coordenado pelo professor Marlon Garcia da Silva, foi desenvolvido ao longo de dois anos, integrando atividades de ensino, pesquisa e extensão. O trabalho foi estruturado em duas frentes principais: uma dedicada ao estudo da obra "A Peculiaridade do Estético", de Georg Lukács, e outra voltada à produção de materiais e cursos de formação para assistentes sociais da área de abrangência da Universidade.
 
O projeto partiu da compreensão do Serviço Social como uma profissão voltada para a intervenção nas expressões da questão social e no enfrentamento das desigualdades estruturais. A partir dessa base, buscou-se compreender de que forma a arte pode se tornar um recurso crítico e formativo, capaz de aprofundar as análises sobre a realidade social e contribuir para práticas profissionais mais reflexivas e transformadoras.
 
As reflexões desenvolvidas a partir das teses de Lukács indicam que a arte, enraizada nas relações históricas e sociais, tem potencial para revelar as contradições da vida cotidiana e promover uma compreensão mais ampla dos fenômenos sociais.

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Arquivo pessoal
Grupo de cerca de 25 pessoas posa sorridente em sala de aula, com carteiras, mochilas e lanches ao fundo. No quadro, projeta-se a capa do “Caderno de Formação: Arte e Serviço Social”. Uma participante segura o material impresso na frente.
A atividade teve duração de três meses e encontros quinzenais, reunindo assistentes sociais, estudantes, bolsistas e profissionais do Sistema Único de Assistência Social


"Para além de uma atuação e de respostas mais imediatas às carências e urgências da vida dilacerada nas engrenagens da produção e da reprodução social no capitalismo, os trabalhos realizados contribuem para a afirmação de um Serviço Social crítico, que recorre a uma teoria social e a referências culturais que possibilitam o acesso a mediações capazes de abrir caminho para interações com processos e determinações mais profundas dos fenômenos enfrentados pela profissão. É precisamente aqui que a arte pode se constituir como um recurso e uma arma específica, uma crítica capaz de romper a casca e adentrar o núcleo da vida", completou Marlon.
 
Segundo a estudante e bolsista do projeto, Isabela Oliveira Silva, a partir de um momento de reflexão teórica, buscou-se traduzir a densidade dos textos de forma didática para que ultrapassassem os muros da universidade e fossem disseminados entre os colegas por meio do curso de extensão "Arte e Serviço Social". A atividade teve duração de três meses e encontros quinzenais, reunindo assistentes sociais, estudantes, bolsistas e profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). "A apropriação da matéria filosófica sobre a arte, pertinente à dimensão teórica do curso de Serviço Social e à práxis social mais abrangente da intervenção profissional de assistentes sociais, resultou em material didático-pedagógico produzido pelos integrantes do projeto e utilizado como base para a realização do curso de extensão 'Arte e Serviço Social'. A iniciativa levou reflexões filosóficas complexas aos assistentes sociais participantes, de modo acessível e didático, possibilitando uma compreensão aproximada do potencial da arte como instrumento de intervenção e como objetivação superior no conjunto das práticas humanas."
 
Ao reunir estudantes, docentes e profissionais do SUAS, o projeto reforçou o compromisso com a formação crítica e com a defesa da universidade pública como espaço de produção e difusão do conhecimento comprometido com a transformação social. O curso foi concluído por 40 participantes, entre eles 32 trabalhadoras da Política de Assistência Social, 24 das quais são assistentes sociais de Ouro Preto, Mariana e região. Confira o pitch do projeto.

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