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Comissão discute desafios da retomada do ensino presencial

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Planejamento do retorno presencial, vacinação de estudantes e sistema de ensino foram os principais pontos da discussão da Comissão de Monitoramento Administrativo e Acadêmico realizada remotamente na última terça-feira (4). Estiveram presentes representantes da Associação dos Docentes da UFOP (Adufop), do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Assufop), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus e da Administração Central.
 
A reitora Cláudia Marliére informou que a Universidade continua mantendo o calendário aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), portanto, com as aulas ocorrendo predominantemente remotas. Ela acrescentou, porém, que o planejamento para o retorno presencial se faz necessário e vem sendo realizado de forma sistemática pelo Comitê Gestor do Plano de Contingência para a COVID-19 instituído pela Reitoria.
 
O apoio a esse planejamento, segundo a reitora, está no protocolo de Biossegurança elaborado pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, sobre o qual o Comitê Gestor constrói as bases administrativas e operacionais visando a adaptação da UFOP à nova realidade.
 
O coordenador do Comitê Gestor, Eleonardo Pereira, também pró-reitor de Planejamento e Administração, explicou que o trabalho do grupo é essencialmente executivo. Entre outras ações realizadas, juntamente com o Grupo de Apoio Técnico (GAT), ele citou como exemplo a sinalização das áreas internas dos campi, assim como a adaptação dos restaurantes universitários, salas de aula e laboratórios de acordo com as regras de ocupação dos espaços estabelecidas mediante as fases da pandemia.
 
O coordenador adverte, porém, que a viabilidade orçamentária é condição indispensável à implementação imediata de todas as ações necessárias. Segundo ele, será preciso realizar obras físicas em vários locais para se garantir a circulação de pessoas sem aglomeração, assim como melhorar a ventilação em alguns espaços que foram adaptados para sala de aula, de acordo com o que está definido pelo Protocolo de Biossegurança.
 
RETORNO – O processo de retorno às aulas presenciais está sendo debatido em todas as instâncias da Universidade. Neste sentido, há consenso sobre à necessidade de uma ampla cobertura vacinal entre servidores e alunos para que isso se efetive.
 
O representante da Adufop, Rodrigo Fernandes Ribeiro, disse que o sindicato está fazendo uma pesquisa entre os professores sobre questões relativas aos sistemas de ensino e trabalhista e ao próprio retorno às atividades presenciais. Segundo ele, o que já se apurou, até o momento, é que a maioria dos professores condiciona a volta ao sistema presencial mediante a vacinação de toda comunidade universitária com as duas doses ou dose única do imunizante.
 
Posição semelhante foi adotada pelo Assufop e DCE, mesmo com os presentes na reunião tendo a dimensão da complexidade desse processo. Isso, porque, apesar de todos os municípios estarem submetidos ao Programa Nacional de Imunização (PNI), o tempo da vacinação e o quantitativo de doses se dá de forma diferenciada.
 
SISTEMA DE ENSINO – A implantação de um sistema híbrido foi especulada pelo representante do DCE, Kairo Viana. Os representantes do sindicato dos professores e da administração central advertiram, no entanto, que isso precisa ser bem avaliado sob pena de se promover uma precarização no ensino. Conforme lembrou Ribeiro, a pandemia impôs um momento desafiador, e, mesmo com o ensino remoto ocorrendo de forma especial, os professores defendem a atividade presencial.
 
A pró-reitora de Graduação, Tânia Garbin, também alertou para a complexidade dessa questão. Segundo ela, “é preciso ter cuidado, pois ainda não temos a definição de sistema híbrido de ensino, uma vez que as atividades práticas se fazem presente em quase todos os período dos cursos”. Assim, a adoção da metodologia em um sistema que comporta as atividades práticas na modalidade presencial, disse a pró-reitora, implicaria, de imediato, um retorno presencial de 75% dos alunos, em momento ainda de muitas incertezas quanto à pandemia.
 
Até o retorno presencial se efetivar completamente, foi consenso também que o desenvolvimento das atividades remotas, somadas às excepcionalidades das necessidades práticas presenciais, tem atendido parcialmente às demandas do ensino e da pesquisa.
 
VACINAÇÃO – Os representantes do DCE, mesmo entendendo que o processo de vacinação vá contemplar o universo discente de forma diferenciada, solicitou que a Administração Superior faça gestão junto às secretarias de Saúde para que os alunos que se encontrem nas cidades de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade sejam incluídos nas listagens das pessoas que irão receber o imunizante, a exemplo do que ocorreu com os servidores efetivos e contratados.
 
O chefe de Gabinete, Élido Bonomo, que coordenou essas ações junto às secretarias de Saúde para a vacinação dos servidores, explicou que o calendário dos alunos seguirá as regras do PNI, de acordo com faixa etária. Nesse sentido, informou que já vem mantendo contato com as autoridades da área de saúde no sentido que, quando chegar o dia, os estudantes sejam incluídos na listagem dos moradores, a partir da origem de suas matrículas.
 
Estiveram também participando da reunião, pela administração central, o vice-reitor Hermínio Nalini; pela Adufop, Joana Ferreira do Amaral; pelo Assufop, o presidente Sérgio Neves, Agnaldo Antonio Conceição e Felipe Fonseca Martins; pelo Comité de Enfrentamento ao Coronavírus, a professora Ana Mônica Henrique Lopes e, pelo DCE, Mohara Lana e Raul Pereira da Silva.

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