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Congresso de Extensão apresenta projetos de Educação, Cultura e Arte

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Ana Elisa Siqueira, com Fernanda Marques
 
Compondo a programação do segundo dia do I Congresso Nacional de Extensão da UFOP, as duas sessões da tarde da última quinta-feira(29) apresentaram programas e projetos de extensão voltados para a democratização da cultura.
 
Intitulado Museu, cultura e educação promovendo a extensão, a sessão contou com a participação da funcionária do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG Nilzilene Lucindo. Ela apresentou o trabalho de extensão voltado para as escolas e os professores. A equipe do Museu, composta pela museóloga Claudia Cardoso, a bióloga Flávia Faria e Nilzilene, que é formada em Pedagogia e mestranda em Educação pela UFOP, observou a necessidade do professor conhecer as potencialidades do Museu para poder planejar a visita com os estudantes.
 
Para isso, a equipe oferece oficinas em que são apresentados os aspectos históricos dos Museus e dos Jardins Botânicos, além de trabalhar o conceito dos museus como espaço educativo. Na UFOP também existe um programa que incentiva  atividades de educação não formal, ou seja, aquele que utiliza outros espaços além da sala de aula para a aprendizagem.
 
O Programa Integrado de Extensão para o Ensino e a Divulgação da Ciência (Pró-Ciência) reune as iniciativas nesta linha de atuação, desenvolvendo sistema de recepção e monitoramento de escolas e grupos nos setores temáticos dos museus, programas de rádio, cursos e eventos que, de alguma forma, promovam o ensino e a divulgação das ciências.
 
Para divulgar os projetos Museu Educa e Taxidermia: Prevenção, Educação e Prática, que compõem o Pró-Ciência, estiveram presentes os professores Gilson Antonio Nunes e Edson Fialho Rezende e as bolsistas Marta Vieira Babsky, Jéssica Dalcomo e Tamiris Amancio.
 
Cultura, Arte e Extensão
A sessão trouxe o universo lúdico dos palcos para o Congresso. Alguns projetos de extensão dos Cursos de Artes Cênicas e Música da UFOP apresentaram suas ações educativas. Representando o Grupo Mambembe, o professor Clóvis Domingos dos Santos falou sobre música e teatro itinerantes. Clóvis ressaltou que o objetivo do grupo é levar cultura e arte para a comunidade, não uma prática elitista, para determinado grupo social. O Mambembe trabalha com o teatro de rua, uma proposta em que o contato com a sociedade não é apenas pelo espetáculo, mas também pela convivência.
 
O ator Luiz Carlos Costa Sarto, que atuou na primeira montagem da peça Um conto noturno para o chá das cinco, ação que integra o projeto Não Lugares: tentativa de compreender as relações de forças entre sujeito e cultura, conta que o objetivo é investigar como o sujeito se vincula à cultura contemporânea a partir da relação entre os conceitos de memória teatral e não-lugar. 
 
Outro projeto apresentado foi o Pedra Sabão Orquestra, um grupo instrumental formado por alunos do curso de Música. Eutiquio Fonseca, integrante da Orquestra, conta que o grupo trabalha a música como um discurso. O grupo iniciou suas atividades no final de 2012 e já se apresentou em eventos como o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana e a Festa de Santa Cruz.
 
Congresso chega ao fim
Nesta sexta-feira (30), o I Congresso de Extensão, Cultura e Arte, que aconteceu com o intuito de inserir a Universidade no calendário acadêmico dos eventos de extensão do País, trouxe a oportunidade para os alunos extensionistas exporem seus projetos e discutirem a relevância para o cenário da educação na universidade e na comunidade em que ela está inserida.

A primeira sessão apresentada foi a de Cultura, Cinema e Culinária: promovendo a extensão nas escolas, que trouxe os projetos Cinema com a Escola; Conversando com o Cinema: a sétima arte a favor da docência universitária; Cinema Itinerante; Cozinha: cultura e alimentação em âmbitos escolares; e O artificie das pedras. Logo depois, os projetos Ações do programa Preventt junto com a população de Ouro Preto; Educação continuada para profissionais da saúde de Ouro Preto: HPV e Câncer Cervical e Datas alusivas em saúde fizeram parte da sessão de comunicação Saúde, Educação e Extensão.

Coordenado pela servidora da Universidade Lâne Mabel e promovido pelos alunos do curso de Jornalismo da UFOP Iago Rezende e Igor Capanema, o projeto Cinema Itinerante tem promovido, com o apoio do Cinema, a integração nos bairros e distritos da região. O projeto, que já existe desde 2002, faz parte de uma parceria do Cine Vila Rica com a Pró-reitoria de Extensão da UFOP e leva a experiência cinematográfica para fora do cinema. “Além de utilizar o cinema como ferramenta educativa, o foco do nosso projeto é atingir os distritos e levar os filmes para as pessoas que não tem acesso e possibilidade de assistí-los no cinema”, explica Iago Rezende. 

Outro projeto apresentado foi o Datas alusivas em Saúde, que faz parte do projeto Mais Saúde, promovido pelo Centro de Saúde da UFOP em parceria com a Fapemig, a Prace e a Proex. “Selecionamos, a partir do calendário do Ministério da Saúde, as datas mais relevantes, como Combate ao Tabagismo, Dia Internacional da Mulher e Outubro Rosa para realizarmos nossas intervenções”, afirma Riani Guimarães, aluna do curso de Pedagogia da UFOP e integrante da equipe. O grupo procura distiribuir panfletos e realizar ações para alertar e conscientizar alunos e servidores da UFOP, além da comunidade de Ouro Preto.

O Programa Prevenção e Tratamento de Tendinopatias (Preventt), coordenado pelo professor do Departamento de Ciências Biológicas (DECBI) da UFOP Gustavo Pereira Benevides, desenvolve ações de extensão em interface com a pesquisa desde 2011. Na área clínica, vem implantando no Sistema Único de Saúde (SUS) um tratamento pioneiro utilizando alguns tipos de laser e ultrassom. Na área preventiva, o investimento é na capacitação dos profissionais da área de saúde e nos trabalhadores que exercem atividade repetitiva. “Pesquisamos a origem dessas doenças, como tendinite, bursite e síndrome do túnel do carpo”, conta Benevides. O professor também destacou que as pesquisas “são de extrema importância para a implantação de políticas públicas capazes de reduzir o impacto socioeconômico”.

Durante a mesa de encerramento, a professora e coordenadora do Congresso,  professora Kassandra Muniz, destacou a importância dos projetos de extensão na academia, tratando da visibilidade deles durante a tragetória acadêmica. “A ideia do nosso encontro foi promover e destacar o trabalho extensionista dentro da Universidade. Mostrar que, além de pesquisa, o trabalho feito por esses alunos produz conhecimento e vai além dos muros da Universidade, tratando também da comunidade”.