A professora do Departamento de Educação (Deedu) da UFOP Áquila Bruno Miranda coordenou o primeiro "Encontro de Educadoras Indígenas, Negras e Quilombolas: Caminhos Coletivos contra o Racismo Ambiental", na Comunidade Quilombola de Gesteira, território atingido pelo desastre crime do rompimento da Barragem do Fundão. O evento foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Associação Quilombola de Gesteira.
A atividade integrou as ações do projeto interinstitucional de extensão "Diálogos entre Povos Indígenas, Povos Quilombolas e a Psicologia Social: pela reafirmação do direito à educação e ao território", também coordenado pela professora Áquila, em parceria com a Associação Quilombola de Gesteira, o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão Conexões de Saberes da UFMG e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/UFOP). O encontro teve como objetivo promover um espaço de diálogo, divisão de saberes e articulação entre educadoras e educadores de diferentes territórios e tradição de luta, com foco no enfrentamento ao racismo ambiental.
A programação reuniu lideranças indígenas, negras e quilombolas, além de educadores populares e tradicionais, professores, diretores da educação básica e estudantes universitários de diversas áreas, como pedagogia, serviço social, jornalismo, ciências biológicas, história, letras, psicologia e arquitetura. A diversidade dos participantes contribuiu para o fortalecimento de redes de apoio e resistência coletiva.
Durante o evento, foi lançado o livro “No rastro da onça: tecendo encontros entre a professora Liça Pataxó e o Quilombo de Gesteira”, organizado pela professora Áquila Bruno ao lado das professoras Júlia Oliveira, Claudia Mayorga, ambas da UFMG, e Simone Silva, da Escola Estadual Padre José Epifânio Gonçalves, de Barra Longa. A publicação representa um compromisso coletivo com a memória, o território e a justiça ambiental.