Representantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) estiveram presentes no Ato em Memória dos 10 Anos do Rompimento da Barragem de Fundão, realizado na quarta (5), no antigo distrito de Bento Rodrigues, local devastado pelo desastre ocorrido em 5 de novembro de 2015.
O evento reuniu atingidos, representantes de movimentos sociais e instituições públicas em um momento significativo de homenagem às vítimas, defesa da reparação integral e preservação da memória coletiva. A participação da UFOP teve como objetivo acompanhar e apoiar as manifestações daqueles impactados pela tragédia. Estiveram presentes pró-reitores, professores, técnicos-administrativos e estudantes que atuam na gestão da Universidade e em cursos relacionados a projetos de extensão e atividades voltadas para as comunidades afetadas desde o ocorrido.
AÇÕES - Durante o ato, o reitor Luciano Campos foi convidado a se pronunciar, destacando que, “embora não seja possível mensurar a dor vivida pelas pessoas atingidas, a UFOP se coloca como parceira na busca por formas de garantir uma melhor qualidade de vida para elas, assim como na compensação adequada”. Segundo ele, a atual gestão da Universidade reconhece o trabalho desenvolvido por diversos integrantes da comunidade acadêmica ao longo desses dez anos e reafirma o compromisso de continuar atuando em projetos que contribuam para o futuro das populações atingidas.
Entre as iniciativas em andamento, Luciano destacou o projeto de criação do Hospital Universitário da UFOP, em Mariana, que vai oferecer atendimento gratuito e de qualidade à região, e o Observatório da Educação do Rio Doce, que busca mapear os impactos e propor encaminhamentos para as instituições públicas de ensino situadas ao longo do rio.
O ato integra uma série de ações promovidas neste mês em referência à data, incluindo o seminário “Perspectiva Socioambiental dos 10 Anos do Rompimento da Barragem de Fundão no Alto Rio Doce”, que será realizado durante o Encontro de Saberes, além do 7º Encontro Regional por um Novo Modelo de Mineração e da 7ª Jornada Universitária por um Novo Modelo de Mineração, eventos organizados pela Frente Mineira de Luta das Atingidas e dos Atingidos pela Mineração (FLAMa-MG).
Como parte dessas ações, durante o evento Restaura+ Mariana - 10 anos, que será encerrado nesta sexta (7), em Belo Horizonte, a professora da UFOP, Eneida Eneida Eskinazi Sant'Anna, apresentou a palestra "Como resiste a biodiversidade aquática após uma década de rejeito de mineração de ferro?". Na ocasião, foram divulgados resultados do Projeto de Monitoramento da Biodiversidade Aquática, desenvolvido na porção do Baixo Rio Doce (ES), do qual a docente é coordenadora do ambiente dulcícola.
Confira mais detalhes sobre a atuação da Universidade em diferentes frentes na reportagem especial produzida pela TV UFOP: