3ª Campanha Fios de Solidariedade acontece na UFOP

Doar os cabelos para ajudar ao próximo é fio condutor da campanha Fios de Solidariedade, promovida pelo Centro de Saúde da UFOP em parceria com a empresa júnior do curso de Turismo, Completur, e com a unidade do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS-Inconfidentes). Participaram mais de 10 voluntários, que vão desde cabeleireiros, fotógrafos até o pessoal responsável pela decoração do espaço. A ação aconteceu no Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (ICEB), hoje (20). Até o fim do dia, cerca de 100 pessoas haviam passado pela UFOP para cortar seus cabelos e outras 30 mechas já cortadas foram doadas.

A cabeleireira Rafaela Jarones está desde a primeira edição e se diz muito feliz e realizada dentro de sua área, “Já trabalhei na prefeitura de Ouro Preto transportando pacientes para Belo Horizonte para fazerem tratamento de quimioterapia e acho muito importante a gente ajudar de qualquer forma. É um projeto bem bacana, já é o terceiro ano que eu participo. Ouro Preto é um lugar que tem muitos cabeleireiros, então, é uma forma de incentivar a todos a se voluntariarem”, afirma. 

Quem passou pelo espaço reservado par a ação foram estudantes, professores, servidores da universidade e até mesmo pessoas da comunidade externa da instituição, que buscam, através da doação de cabelo, ajudar milhares de mulheres que sofrem com os efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão ligado ao SUS, são esperados 5.160 novos casos da doença em Minas Gerais, uma taxa bruta de incidência de 48,19 para cada grupo de 100 mil mulheres mineiras.

O Fios de Solidariedade surgiu do programa Mais Saúde, que faz campanhas alusivas à datas em saúde como hipertensão, diabetes, câncer. Foi através de uma demanda da UFOP que se instituiu a programação do Outubro Rosa. Segundo a coordenadora da campanha, Rosana Gonçalves Rodrigues, o objetivo é resgatar a autoestima da paciente. “Um paciente com câncer é muito suscetível a qualquer oscilação de humor. Qualquer coisa pode fazer com que a imunidade deles caia, e essa queda aumenta quando há a perda dos cabelos. Para a mulher o cabelo é muito importante”.

A estudante de Engenharia Ambiental Michele Braga, logo após realizar o corte, disse que acredita que não importa o quanto se doa, e sim o ato. “Eu não tinha tanto cabelo, mas o pouco já ajuda. Faz bem para mim e para a pessoa que vai receber”, acredita.

Esse ano, além da doação de cabelos, os participantes podem enviar uma mensagem aos pacientes com câncer. “Todo ano a gente procura fazer de uma forma diferente. Começou com a doação de cabelos, depois exames e mamografia, juntamente com a doação de lenços e roupas, e hoje conta também com o envio de mensagens solidárias aos pacientes do Hospital da Baleia em Belo Horizonte”. ressalta Rosana.

“Eu quis doar porque eu acredito que estou contribuindo para o bem de alguém. O nosso [cabelo] está crescendo, não custa nada. Isso gera alívio na gente e dá esperança a quem está se tratando”, sustenta Ursula Fonseca, do curso de nutrição. 

Os fios serão enviados para confecção de perucas para crianças e mulheres que se submetem ao tratamento quimioterápico. 

Após o corte, os doadores tinham direito a uma sessão de maquiagem promovida pela Mary Kay.