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Cinemas em Rede recebe diretor Marcos Pimentel em Ouro Preto

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Chico Daher

A programação para o segundo semestre do projeto Cinemas em Rede foi retomada com a exibição no Cine Vila Rica, na última quinta (15), do documentário "A parte do Mundo que me pertence", de Marcos Pimentel. Ele estava em Ouro Preto e, após a sessão, respondeu às perguntas dos telespectadores numa transmissão ao vivo para salas de cinema de mais seis universidades.

O documentário conta de forma intimista o cotidiano de personagens comuns, construindo suas histórias e revelando a busca por seus desejos e sonhos. "A proposta era pensar um trabalho a partir da realidade e sob uma observação silenciosa e respeitosa do outro. Pensar em como apresentar essas situações e em que distância apresentá-las. Como descobrir o que as pessoas querem sem que eu pergunte?", explica Marcos.

No debate após a sessão, o diretor respondeu à perguntas sobre o processo de elaboração e produção do documentário, as relação antes, durante e depois com as personagens, sobre algumas questões técnicas do trabalho, e apontamentos para a realidade cinematográfica do país. 

"Projetos como esse são fundamentais pra gente conseguir levar o cinema nacional para cada vez mais pessoas. Quando a gente trabalha com um público reduzido, a gente precisa cuidar muito bem desse público. Nesse tipo de filme do cinema autoral, nos propomos a conversar de forma profunda mesmo que seja com um público pequeno, com essas pessoas que querem buscar outras coisas que estão além do cinema comercial ou além do que conseguimos encontrar na televisão ou no cinema convencional. Cinemas em Rede faz a ponte entre esses filmes de pequenas dimensões com pessoas que estão buscando conhecer ou desfrutar de um conteúdo diferenciado”, conclui Marcos Pimentel.

A programação para as próximas exibições está disponível no site

CINEMAS EM REDE - O projeto tem como prioridade a valorização e a ampliação do acesso ao conteúdo cinematográfico brasileiro e a difusão do cinema nacional em diversas comunidades, principalmente as que não possuem salas de exibição. A UFOP valoriza essa integração entre universidades e comunidades, promovendo a ampliação da linguagem cinematográfica e adentrando discussões que o audiovisual proporciona, seja em campo cultural, social, político etc. 

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