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UFOP, UFMG e Ufes assinam documento para criação de observatório do desastre de Mariana

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Foca Lisboa
Com: 
Assessoria da UFMG

A UFOP, junto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a  Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), assinou, nesta quarta-feira (14), um protocolo de intenções que firma a parceria entre as instituições para, entre outras ações, identificar alternativas de geração de renda para os atingidos pelo desastre tecnológico ocorrido em Mariana. A iniciativa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

O documento prevê a criação do Observatório Interinstitucional do Desastre Mariana-Rio Doce, que visa unir esforços no sentido de desenvolver, sistematizar e divulgar resultados de pesquisa, relatórios técnicos, pareceres e informações sobre o desastre de Mariana, diminuindo a dispersão de estudos sobre a região e disponibilizando informações e conhecimento técnico para a população, políticas públicas, pesquisadores e outras instituições.

O Observatório será um dispositivo importante para amenizar a fragmentação e a dispersão de discursos e perspectivas sobre os acontecimentos e contribuirá com o fortalecimento do papel da população na (re)construção de um projeto de vida que promova cidadania; a colaboração com as políticas públicas dos mais variados setores, com produções que contribuam para os direitos de cidadania da população atingida, desenvolvimento solidário e sustentável, justiça social e atuação em rede; e a elaboração de um mapeamento da cadeia produtiva — diagnóstico aprofundado da região a fim de identificar e fomentar alternativas para geração de renda da população atingida.

Para tal, os reitores das três universidades se reuniram com membros do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Ministério Público Federal (MPF)  e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Participaram do evento, pela UFOP, o reitor Marcone Jamílson Freitas Souza, a pró-reitora de Extensão Ida Berenice, a diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), Magareth Diniz, e a professora do departamento de Administração Carolina Maranhão.

DESENVOLVIMENTO LOCAL - O reitor Marcone Jamilson destaca a importância institucional de as universidades públicas gerarem resultados e melhorias para problemas relacionados à comunidade. “A parceria visa a união de esforços de três institutos federais, cada um com sua expertise,  no sentido de desenvolver, sistematizar e divulgar resultados de pesquisa, relatórios técnicos, pareceres e informações sobre o desastre de Mariana. Enfim, com este trabalho, nós estaremos contribuindo para o desenvolvimento do trabalho local, regional e nacional, e cumprindo a missão da Universidade de servir à sociedade”. ressalta o reitor.

“Mais do que a área atingida, o que nos une é o ideal”, destacou o reitor Jaime Ramírez, lembrando que esse instrumento é um passo inicial, cujos desdobramentos terão o objetivo de apontar, em trabalho conjunto, possíveis soluções, no âmbito do que se espera de universidades públicas, para os danos causados pelo rompimento da barragem de minério na cidade de Mariana.

O coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens em Minas Gerais (MAB), Thiago Alves, considera a iniciativa essencial por colocar a universidade pública a serviço da sociedade. “Essa articulação, no contexto do rompimento que acarretou problemas em toda a Bacia do Rio Doce, pauta, nas universidades, a primazia do interesse público e não do interesse privado de grandes empresas. O MAB está animado com a possibilidade de construção de muitas parcerias em toda a Bacia”, frisa.

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Foca Lisboa
Representantes das organizações envolvidas participam da reunião para criação do Obsevatório


SABERES - A proposta prevê o envolvimento de diferentes áreas do conhecimento, congregando profissionais e respectivos projetos das três instituições, assim como outros setores da sociedade. Tais esforços envolvem: a colaboração com a missão pública e social da universidade, disponibilizando acúmulo teórico e técnico para a reconstrução e recuperação da Bacia do Rio Doce, sua região e população; a colaboração com o campo de estudos sobre participação e democratização — os debates sobre tecnologias sociais fundamentam-se principalmente na dimensão participativa da população na elaboração de soluções para seus próprios problemas.

Especificamente, os objetivos são: organizar, sistematizar, analisar e divulgar o material bibliográfico produzido sobre a região atingida — informações, resultados de pesquisas e de informações; criar site do Observatório para disponibilizar periodicamente os resultados de estudos, laudos, pareceres, relatórios, decisões jurídicas sobre a situação que possam colaborar com as ações de instituições como Ministério Público, população atingida, políticas públicas, pesquisadores, etc.; mapear a cadeia produtiva na região atingida; criar aplicativo para celular com o resultado desse mapeamento, o qual poderá ser constantemente atualizado e possibilitará acompanhamento da situação dos atingidos no que se refere à dimensão da geração de renda.

A proposta das três Instituições  foi submetida ao Edital FAPEMIG CAPES - Tecnologias para Recuperação da Bacia do Rio Doce e sua recente aprovação garante recursos financeiros que poderão custear equipamentos, materiais e despesas com as atividades propostas para o Observatório.

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