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Roda de conversa sobre suicídio e depressão é realizada na UFOP

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Em continuidade à campanha nacional sobre prevenção ao suicídio, alunos da UFOP criaram o Universidade Pró-Vida, uma iniciativa que busca chegar aos membros da comunidade acadêmica que sofrem de depressão. A primeira reunião aberta à comunidade foi na noite da última quarta (26) e lotou o auditório da Escola de Farmácia. A partir da necessidade de discutir o assunto, considerado um tabu, a conversa teve o tema “Suicídio, depressão e saúde mental”, e contou com a psicóloga Tatiany Carvalho e a terapeuta ocupacional Jacqueline Macedo, que traçaram perfis de risco e sinais que as pessoas em estado depressivo podem emitir. 

De acordo com Jacqueline, a saída de casa e mudança de cidade para cursar uma universidade pode gerar uma quebra de vínculo, perda da segurança emocional e a saudade do cuidado que havia em casa. Os dados oficiais colocam o Brasil entre os 10 países com maior taxa de suicídio, sendo a terceira maior causa de morte entre os jovens, perdendo apenas para violência e acidente automobilístico.

De acordo com Mário Lemos, aluno de Educação Física e um dos idealizadores do projeto, a mobilização entre os cursos foi grande. “Entramos em contato com os Centros Acadêmicos das Engenharias, Medicina, Farmácia, Arquitetura e Geologia e formamos um grupo. Algumas dessas pessoas possuem projetos paralelos sobre saúde mental e prevenção ao suicídio”, afirma. Sobre a necessidade de tocar no assunto, Mário conta que o grupo queria "fazer uma intervenção, alertar. Isso não é apenas uma questão da área da saúde, é uma questão pública e social. Queremos disseminar essa ideia e salvar o máximo de vidas possível”.

A conversa se estendeu entre encaminhamentos para os próximos encontros, relatos pessoais, experiências e ideias que aproximem o projeto de quem enfrenta a depressão, como a criação de um “SOS” telefônico. A psicóloga Tatiany Carvalho reforça a importância de olhar o outro com carinho e ter ouvidos atentos para ajudar. “Quando um cuida do outro, criamos um mundo melhor e com relações mais saudáveis. Isso é empatia”, encerra.