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Afetividade não é doença

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Mateus Marques
O ambiente da educação superior é composto por uma diversidade de campos de estudo, assim como são múltiplas as pessoas que o compõem. A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) não se difere das demais instituições nesse componente e, por isso, tem em seu corpo acadêmico pessoas de diferentes linhas de pensamento, origens, classes sociais e religiosidades, entre outras características individuais e coletivas.
 
Por entender as diferenças como naturais é que a UFOP adota posturas de apoio, acompanhamento e reconhecimento, desde que elas não rompam o direito alheio. É nesse sentido que a Prof.ª Claudia Marliére, reitora da UFOP, considera que não deve ser assumida como regular a possibilidade de tratamento psicológico contra a homossexualidade. “As questões do indivíduo dizem respeito somente a ele. Tratar a afetividade como um possível desvio é romper com a autonomia do ser sobre suas próprias escolhas e sentimentos”, avalia.
 
Na mesma linha, o Prof. Alexandre Bahia, do Departamento de Direto da UFOP, chama a atenção para o retrocesso que representa a decisão federal que suspende os efeitos da Resolução 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia (CFP). “Essa decisão é absurda: ela retoma conceitos já há muito superados, seja aqui, seja fora do país. Falar em permissão de tratamento para pessoas homossexuais usando a desculpa da "egodistonia" distorce conceitos, mais uma vez, há muito debatidos e definidos”, esclarece o professor em entrevista dada à revista Carta Capital.
 
A normativa do CFP rechaça qualquer classificação da homossexualidade como característica de doença, distúrbio ou perversão. Por isso, não é aceita a atuação profissional no favorecimento na patologização do comportamento. O recomendado no artigo 2º é que os psicólogos devem “contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas”.

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