Ir para o conteúdo

Ações e atividades perpetuam os mais de 120 anos de história do Observatório de Astronomia

Twitter icon
Facebook icon
Google icon
Divulgação
Criado no fim do século XIX, o Observatório de Astronomia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto é um dos mais antigos observatórios astronômicos do país. É um local didático e de pesquisa que integra o Sistema de Museus de Ouro Preto e o circuito turístico do centro histórico da cidade. Em 2018, os grupos de pesquisa e de extensão em astronomia da Universidade estão preparando uma programação repleta de ações para o público interno e externo.   

Diversos projetos realizados em 2017 continuam neste ano. Outros serão retomados, como as visitas ao acervo dos setores de Astronomia, Geodésia, Topografia e Desenho, suspensas desde 2014 devido a reformas. O evento "Astronomia para todos", destaque no ano passado, continuará com a proposta de utilizar os recursos do Observatório como ferramenta pedagógica de pesquisa e ensino, buscando a participação da comunidade, de modo geral. Com esse evento, a Sociedade de Estudos Astronômicos de Ouro Preto (SEAOP) retomou suas atividades. Outras metas para este ano ano são os projetos “Acompanhamento das atividades do sol e "Estação de monitoramento de sinais de inteligência fora da órbita terrestre", que ajudarão a reabrir o Observatório Astronômico para novas áreas de pesquisa e extensão.  

ALEIJADINHO E HISTÓRIA - Para o coordenador do projeto "Astronomia para todos", professor Almir Aparecido Malta Ferreira, é muito importante a permanência dos projetos do Observatório, tanto para o público geral quanto para os alunos. Ele conta que, recentemente, foi comprovado que a casa que abriga o Museu, chamada outrora de Palácio «Novo», construída por ordem do governador Gomes Freire de Andrade, foi edificada por Manoel Francisco Lisboa, pai do escultor e desenhista maior de Vila Rica: Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho. Há alguns anos, com "a mudança da Escola de Minas para as novas instalações no campus Morro do Cruzeiro, a casa, que nasceu pelas mãos dos maiores desenhistas da época, não poderia ter um destino mais nobre que o de abrigar a sua própria memória e a da tecnologia à qual sempre esteve associada". 
 

02851_img_7037_6501744233487265186.jpg

Acervo ACI
O acervo do Observatório é aberto à visitação às quartas e sábado
 
DESDE 1891 - O Observatório Astronômico da Universidade Federal de Ouro Preto foi inaugurado em meados de 1891, quando a matéria de Astronomia foi adicionada ao curso original de Engenharia da Escola de Minas. A partir disso, professores e administradores da Escola de Minas de Ouro Preto começaram a importar equipamentos de observação astronômica e dispositivos didáticos, com o intuito de dar suporte às disciplinas de Astronomia e Geodésia dos cursos criados em 1876. O Museu abriga diversos arquivos. Um dos que chamam a atenção é a caderneta do professor de Astronomia e Geodésia, Jose Martins Loiola. Nela, consta que essa disciplina foi ministrada regularmente até 23 de novembro de 1978, quando foi extinta em decorrência dos avanços tecnológicos e outros meios mais práticos e eficazes introduzidos. 

Inicialmente, o Observatório funcionou na primeira sede da Escola de Minas, no prédio localizado atrás da Igreja da Mercês. Em 1897, quando da mudança da capital do estado para Belo Horizonte, a Escola de Minas foi transferida para o histórico prédio do Palácio dos Governadores, construído entre 1741 e 1748, com projeto do engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim e execução de Manuel Francisco Lisboa, pai do Aleijadinho. Nesse prédio, o Observatório funcionou em diferentes locais, permanecendo desde 1926 no espaço onde se encontra atualmente. Em 1974, o local passou por uma reforma completa, e hoje a estrutura do Observatório conta com duas cúpulas, sendo uma de cinco metros e outra de três metros de diâmetro, e uma entrada independente pela Rua Henri Gorceix, nome do fundador da Escola de Minas de Ouro Preto.  

O principal telescópio foi fabricado por volta de 1911 pela empresa alemã GustavHeyde, da cidade de Dresden, que comercializava o telescópio refrator, até hoje utilizado. Em 1994, o aparelho passou por reformas que estimularam a direção da Escola de Minas a criar o setor de astronomia para abrigar o rico e diferenciado acervo. O conjunto de salas de aulas, que historicamente foram usadas para o ensino de Topografia, abriga atualmente o acervo técnico-científico das áreas de Geologia, Mineração, Metalurgia, Siderurgia, Botânica, Paleontologia, Astronomia, Geodésia, Topografia, Desenho, Química, Física, Geografia, Eletrotécnica, Transportes e Antropologia. 

APROVEITE PARA VISITAR - O Observatório de Astronomia está aberto ao público de todas as idades às quartas, das 19h às 22h, e aos sábados, das 20h às 22h. Escolas e grupos interessados podem agendar as visitas, nos horários de funcionamento, pelos telefones 3559-3118 e 3559-1597. Quer conhecer mais? Acesse o Facebook e o site do Observatório.

As exposições, instalações e o acervo do museu também podem ser conhecidos por meio da publicação “Guia do MCT”, de 2009, ou pelo livro “A História da Escola de Minas”, editado em 2012/2013. 
 
Mais informações no Facebook ou no site do Observatório.