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Descoberta do prazer de cantar em grupo marca o Coral da UFOP nesses 10 anos

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Lívia Ferreira
Com: 
Júlia Militão - estagiária

O Coral Extensionista da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi criado em maio de 2008 e, a partir do segundo semestre do mesmo ano, iniciou suas apresentações. Coordenado pelo professor Edésio de Lara Melo desde o começo das atividades, o projeto é aberto a toda a comunidade acadêmica e conta com a participação de cerca de trinta pessoas, divididas em dois grupos: o primeiro é composto exclusivamente por alunos do curso de Licenciatura em Música que atuam como cantores, compositores, arranjadores, instrumentistas e instrutores de técnicas vocal; o segundo grupo, além de ser composto por alunos do primeiro grupo, conta com estudantes de graduação e pós de diversos departamentos, professores e técnicos-administrativos da Universidade. 

As atividades da extensão acontecem semanalmente, às segundas-feiras, às 18h30, e são abertas ao público. De acordo com o professor Edésio, o grupo não tem um estilo musical definido, mas anualmente determina uma temática que abrange todo o repertório dos ensaios. A proposta é que no ano que vem, por exemplo, o coro se dedique especialmente à música popular brasileira. 

"O coral começou de uma necessidade minha e dos alunos de Música. Eu tenho formação em regência e gosto muito de dirigir grupos musicais — banda, orquestra, coro —, porque a gente não trabalha com música sozinho, o grande barato da música é você poder trabalhar junto com outras pessoas. Os alunos precisavam e queriam um grupo pra trabalhar e eu queria dirigir", explica o coordenador. 

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Lívia Ferreira
Preparação inicial do grupo para os ensaios

Dessa forma, o objetivo do projeto é proporcionar aos estudantes a experiência de trabalhar em equipe e ajudar a construir um espetáculo, de maneira a compartilhar experiências, desejos e a participação em atividades artísticas no âmbito da Universidade. 

A estudante do curso de Música Rafaela Gomes Ferreira participa do grupo desde o início de 2018. Ela afirma que "o Coral é uma forma de fazer com que a música ganhe uma beleza ainda maior. Cantar em grupo nos dá muitas possibilidades de mexer com a música que é trabalhada, de sair da área de conforto e, com isso, a aprendizagem se expande". E acrescenta que, por ter entrado este ano, sente que tem uma responsabilidade em ajudar a dar continuidade ao coro: "O meu desejo é que o coral faça 20, 30, 40 anos". 

Já Davi Lopes, também aluno do curso de Música, participa do coral há oito meses e afirma que sempre quis cantar, mas, como era uma experiência nova, assistir aos ensaios do grupo antes foi muito motivador. Além disso, "o coral me ajudou muito na timidez. Sempre gostei de cantar, mas tinha muita vergonha, medo de errar, e quando comecei com eles fui perdendo esses medos. Hoje consigo cantar melhor e com mais segurança".  

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Lívia Ferreira
Ensaio do grupo

Desafios e conquistas - As maiores dificuldades enfrentadas nesses 10 anos de formação, de acordo com o professor Edésio, foram os períodos sem aulas, que sempre aconteciam em momentos em que o coro estava crescendo e prejudicavam as atividades em grupo. 


Outro entrave é o fato de o coral trabalhar sem recursos financeiros e depender do que está disponível na Universidade. "Não é uma grande dificuldade, mas daríamos um passo mais ousado se tivéssemos recursos para trabalhar melhor a questão da imagem do coro. Nós não temos uniforme, por exemplo". O professor acrescenta que o grupo precisa se preparar mais, ter experiência com pessoas de fora que poderiam vir para abordar outros assuntos, e, nesse sentido, recursos são importantes para promover o crescimento qualitativo da equipe. 

Por outro lado, Edésio aponta que o reconhecimento do grupo e dos próprios integrantes é a maior conquista que o Coral pode ter. Os estudantes revelam que a simples participação no grupo, as apresentações e a oportunidade de cantar em eventos, percebendo o reconhecimento do público, já representam uma grande conquista. 

Agenda - O coral está com a agenda cheia neste fim de ano, com apresentações no dia 10/12, às 10h, no Asilo São Vicente de Paula, em Ouro Preto, e às 18h, na Ermida São Geraldo, em Mariana (a convite da Secretaria de Cultura do Município); e no dia 12/12, às 19h30, na Igreja N. Sra. de Lourdes - Paróquia Cristo Rei, na Bauxita, em Ouro Preto.

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Lívia Ferreira

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